Sem resposta do PMDB, PT apressa escolhe de nome

Publicado 10/03/2016

 Com a demora do PMDB em definir sobre alianças, o PT decidiu apressar a escolha do candidato a prefeito de Goiânia e deverá realizar, este mês, prévias – dois nomes estão no páreo, os deputados estaduais Adriana Accorsi e Luis Cesar Bueno. O deputado estadual Humberto Aidar, a ex-deputada Marina Sant’Anna e o suplente de deputado federal Edward Madureira desistiram de concorrer às prévias do partido.

O deputado Luis Cesar Bueno, presidente do PT Metropolitano, afirmou ontem que o partido não pode esperar tanto tempo, como deseja o PMDB, para decidir se lançará ou não candidato à sucessão do prefeito Paulo Garcia. “O tempo do PMDB não é o tempo do PT. Assim como ocorreu em 2014, não podemos aguardar a definição dos peemedebistas, pois o PT tem as suas estratégias e o seu planejamento em relação às eleições deste ano em Goiânia. Por isso, caminhamos para definir o nome do nosso candidato à prefeitura”, disse Luis Cesar Bueno, em entrevista à rádio 730/AM.

A disposição dos petistas é a de retomar a aliança com o PMDB, iniciada em 2008 em Goiânia, mas que interrompida com o lançamento da candidatura própria de Antônio Gomide em 2014. O ex-prefeito Iris Rezende, virtual candidato do PMDB a prefeito, este ano, dá sinais de que não se interessa nesta aliança com o PT, diante, principalmente, da impopularidade da gestão do prefeito Paulo Garcia.

Os 6 mil e 251 filiados das dez zonais irão escolher, entre Adriana Accorsi e Luis Cesar Bueno, em prévias a serem realizadas entre os dias 5 e 15 de abril, o candidato do PT à prefeitura de Goiânia.

A pré-candidatura de Adriana Accorsi tem a simpatia do prefeito Paulo Garcia e do deputado federal Rubens Otoni.

O deputado Luis Cesar Bueno acham que as prévias servirão para dar uma “sacudida” na militância do PT na Capital, diante das dificuldades vividas pelo partido em todos os níveis – nacional, estadual e em Goiânia.

Apoio a Iris

Os cardeais petistas esperavam que o diálogo entre os dois partidos – PT e PMDB – fosse retomado para a disputa à prefeitura de Goiânia, mas a posição contrária do ex-prefeito Iris Rezende surpreendeu os aliados de Dilma e Lula em Goiás. Alegam que a presença do PMDB no ministério da presidente Dilma, além do vice-presidente Michel Temer, e também no secretariado de Paulo Garcia, poderia contribuir para a reaproximação entre os dois partidos em relação às eleições deste ano, o que não tem acontecido.

Ao perceber a indisposição do PMDB em firmar aliança com o PT, o prefeito Paulo Garcia deu ultimato aos aliados de Iris Rezende: entrega imediata dos cargos que ocupam no Paço Municipal.

O deputado Bruno Peixoto, presidente do PMDB Metropolitano, iniciou conversações com os dirigentes petistas, apesar de reconhecer que a tendência dos partidos é de caminharem separados no primeiro turno da disputa pela prefeitura de Goiânia. “Estamos dialogando. Não sendo possível a aliança no primeiro turno, estaremos juntos no segundo turno, contra um possível aliado do governador Marconi Perillo.”

Desde que o vice-prefeito Agenor Mariano apareceu na mídia para fazer críticas à gestão de Paulo Garcia deteriorou a relação PT/PMDB. Os petistas consideram um gesto de Mariano como “traição”, já que os peemedebistas sequer tiveram a iniciativa de entregar os cargos que ocupam na prefeitura de Goiânia.

O ex-prefeito Iris Rezende retarda a confirmação de sua candidatura à sucessão do prefeito Paulo Garcia, o que deixa inquietos os próprios peemedebistas. Sem Iris, o PMDB não tem candidato competitivo ao Paço.

Iris Rezende retoma hoje os contatos políticos, depois de permanecer duas semanas em sua fazenda, no município de Canarana, em Mato Grosso. O líder peemedebista vai despachar, em seu escritório político, em Goiânia, para dar prioridades às conversas sobre formação de chapa de vereadores e alianças partidárias.

Sobre a candidatura a prefeito, Iris Rezende deverá manter o mistério até abril, quando pretende manifestar-se sobre os apelos para que concorra novamente ao Paço Municipal.

 

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