PT, PSol, PCB e PSTU defendem o voto nulo ao Paço em Goiânia

Publicado 13/10/2016

  • Nem Iris Rezende muito menos Vanderlan Cardoso é o que diz documento da Frente de Esquerda
  • Rubens Donizeth afirma que PMDB e DEM e PSB e PSDB não representam a classe trabalhadora
  • Luís Cesar Bueno recusa acordos e afirma que PT concentrará esforços para apoiar PDT, PCdoB e o PSol
  • Com críticas ao PT, comunistas repudiam apoio aos partidos conservadores, como PMDB, DEM e PSB, PSD e PSDB

– Nem Iris Rezende muito menos Vanderlan Cardoso. Vote nulo, no segundo turno, em Goiânia.

É o que defende Flávio Sofiati, doutor em Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás [UFG] e candidato derrotado nas urnas eletrônicas, da Frente de Esquerda Se A Cidade Fosse Nossa – PSol, PCB, MAIS, Polo Comunista Luiz Carlos Prestes e Unidade Popular pelo Socialismo, que inclui o PCR –, no último dia 2 de outubro à Prefeitura Municipal de Goiânia.

– Nosso voto é independente.

Precisamos continuar na construção de um polo independente, que tenha a serenidade de criticar os erros do PT ao mesmo tempo em que se construa enquanto oposição frontal contra o bloco golpista, diz o documento da coligação radical. No segundo turno, essa tarefa se expressa na campanha pelo voto nulo, pontua. Nosso voto é com princípio, destaca o texto.

– Nada de Iris Rezende nem de Vanderlan Cardoso!

É o que aprovou o PT, no último sábado, em Goiânia. O presidente da sigla na Capital, o deputado estadual Luís Cesar Bueno e Freitas, recusa acordos tanto com o PMDB e DEM, aliados no impeachment, que considera sem crime de responsabilidade e portanto golpe contra Dilma Rousseff, quanto com o PSB, apoiado pelo PSDB, PSD, PP e PR.

– O PT nacional recomenda apoios às candidaturas, no segundo turno, de PDT, PC do B e PSol.

O PCB [Partido Comunista Brasileiro], que no primeiro turno caminhou com o PSol, faz campanha pelo voto nulo, como informa ao Diário da Manhã o professor com graduação  e mestrado em História pela Universidade Federal de Goiás Paulo Winícius Maskote, jovem quadro do Comitê Central [CC] da organização que já foi liderada por Luís Carlos Prestes.

– Fora, Temer! Contra Iris Rezende e também Vanderlan Cardoso. Voto nulo!

O presidente do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado [PSTU], advogado Rubens Donizeth, especialista em Direito Trabalhista e Direito Agrário, recomenda o voto nulo. Não há diferença de projetos entre Iris Rezende e Vanderlan Cardoso, explica. Nenhum dos dois representa a classe trabalhadora de Goiânia, explica, em tom de indignação política.

– Voto nulo e a palavra de ordem, hoje, é “Fora, todos”!

Não custa lembrar: o PSTU é oriundo da Convergência Socialista, expulsa do PT, que nasceu da Liga Operária [LO] e é ligado à Liga Internacional dos Trabalhadores [LIT], a quarta internacional fundada pelo argentino marxista de linhagem trotskista, Nahuel Moreno, preso no Brasil, em 1977, e extraditado para a Venezuela. É de extrema-esquerda no espectro político.

 

PCdoB

A vereadora reeleita para o terceiro mandato – 2008-2012; 2012-2016; 2017-2020 – Tatiana Lemos, do Partido Comunista do Brasil, diz que a legenda da foice e do martelo não definiu a sua posição em Goiânia. O advogado Bruno Pena, especialista em Direito Eleitoral, informa que a resolução ainda não saiu do forno. Euler Ivo Vieira, acionado, não retornou as ligações.

 

 

Fonte: Diário da Manhã

+ Notícias