Projeto de cotas amplia com programas que contribuem para a permanência dos estudantes beneficiados
Publicado 19/07/2007
O sistema que estabelece cotas sociais na Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi aprovado em 2004. Desde então tem beneficiado estudantes de baixa renda oriundos de escolas públicas, portadores de necessidades especiais e índios. Primeiramente o deputado Luis Cesar Bueno apresentou o projeto que criava as cotas raciais, substituído por um projeto semelhante, mas ampliado, da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Na Assembléia Legislativa Hoje já é possível perceber um maior abarcamento do público alvo, inclusive a criação de projetos da própria UEG que beneficia os cotistas. É o caso do Programa Abá, uma das ações para permanência de alunos negros na universidade, que oferece bolsas de 120 reais a 12 estudantes para trabalhar com pesquisa cientifica. Bolsas de extensão para estudantes negros, publicação de livros, estudos e pesquisas, pós-graduação latu sensu em formação docente em história e culturas africanas e afro-americanas também são alvos do Programa. Luis Cesar Bueno avalia que mecanismos como estes são muitíssimo importantes, porque contribuem para consolidação das cotas e promove uma nova inclusão dos alunos matriculados na instituição. “É bom percebermos que nossa ação pioneira tem rendido frutos e contemplado realmente pessoas que precisam do sistema de cotas para ingressar em uma universidade pública. Não basta apenas abrir vaga para esses estudantes. A universidade deve acompanhá-los, oferecer a eles oportunidades, estimulá-los a participar das pesquisas científicas. Existe um projeto semelhante na UFG: o CANBENAS, Coletivo de Estudantes Negras/os Beatriz Nascimento”, destaca. Atualmente, 12 estudantes negros participam do Projeto Abá. Foram selecionados, no início de julho, entre 47 cotistas inscritos no processo. A seleção teve como avaliadores pesquisadores do CIEAA, representantes do movimento negro no Estado, professores e pesquisadores das Universidades Federal e Católica, acadêmicos e docentes da UEG. Com informações do Jornal O Popular.