POR UMA APOSENTADORIA DIGNA E COM QUALIDADE DE VIDA PARA AS PESSOAS IDOSAS
Publicado 21/05/2019
O atual Governo apresentou seu projeto de Reforma da Previdência, que prevê idade mínima para se aposentar aos 62 anos, para mulheres, e 65 anos, para os homens, com pelo menos 20 anos de contribuição. O projeto ainda precisa ser analisado pela Câmara e pelo Senado para valer.
Se a PEC for aprovada da forma como está, quem começar a trabalhar agora teria que cumprir a idade mínima e o tempo de contribuição. É totalmente injusto e desumano punir os trabalhadores de gozar da velhice. Em países de primeiro mundo, o governo ampara e dá todo suporte para que os idosos tenham uma boa qualidade de vida.
O que está em jogo é a receita de cinco trilhões que está sendo comprometido. Tirar o papel do estado em garantir uma aposentadoria feliz para as pessoas e obrigá-los a recorrer aos planos da previdência privada será um grande erro.
Se a Previdência atual se tornar tão desinteressante a ponto de quase ninguém optar por contribuir para ela, sobrará apenas os regimes de capitalização, em que somente quem recebe bons salários irá de fato participar.
Caso um trabalhador se aposente com contribuições que lhe dariam direito a receber um benefício no valor de 2 mil reais, na proposta do atual Governo, ele receberá apenas 60% desse valor, tendo como limite inferior o salário mínimo. Ou seja, a renda dos trabalhadores irá sofrer uma abrupta redução no momento da aposentadoria.
Diante da perspectiva de não conseguir se aposentar, muitos trabalhadores também irão optar por não contribuir com a previdência, aumentando a informalidade e a precarização.
A redução dos gastos com aposentadoria vem junto com a redução das receitas previdenciárias, o que poderá alterar significativamente a previsão ilusória de ganhos fiscais.
Além da violência, falta de emprego e serviços públicos precários, o brasileiro agora enfrenta o risco de viver uma velhice miserável e de perder direitos adquiridos. Quem irá lucrar com toda certeza, são os bancos que irão cobrar taxas altíssimas de pessoas que só querem um pouco de dignidade.