Petista duvida de Impeachment
Publicado 18/12/2015
Para o líder da bancada do PT na Assembleia, deputado Luís César Bueno, o STF não permitirá a aprovação do Impeachment, porque anulará a Comissão criada na Câmara, semana passada e uma outra será criada, com voto aberto.
No PT, contatado pelo Fala Goiás, o líder da banca do partido na Assembleia Legislativa, deputado Luís César Bueno, se recusou a tecer qualquer comentário sobre a possibilidade de ascensão do vice-presidente Michel Temer, por achar que o Impeachment não será aprovado no Congresso. “Não vou discutir hipótese de Impeachment porque eu não acredito que ele será aprovado”, reagiu.
Luís Cesar explicou que não trabalha com essa possibilidade, por estar convicto de que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulará a comissão do Impeachment aprovada na Câmara, semana passada, ao analisar o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que é pela anulação. “O STF não permitirá a adoção de voto secreto para a criação da comissão e o procurador geral da República já disse que a comissão tem que ser cancelada”.
A aposta de Luís César é que com a anulação da comissão, na realização de uma reunião com voto aberto, o resultado será outro, bem diferente do ocorrido na criação dessa última, com que foi feita com voto secreto. “Eu quero ver se quem votou pela criação dessa comissão, pelo voto secreto, terá a coragem votar com o voto aberto”, provoca. Para concluir, o deputado Luís Cesar Bueno disse descartar por completo qualquer possibilidade de saída da presidente Dilma, porque o Impeachment “não será aprovado e a presidente não vai renunciar”.
Desconfiança
O deputado Luís César Bueno disse ter achado muito estranha a posição do governador Marconi Perillo, em relação à presidente Dilma Russef. O petista disse estar desconfiado que a postura de aproximação do tucano com a presidente Dilma seja apenas “jogo de cena”. “Lá em Brasília ele fala uma coisa e age de outra forma”, polemiza, lembrando a última declaração do governador de que não tomará posição na discussão do Impeachment, por considerar que tem boa relação tanto com Dilma quanto com o vice Michel Temer. Outro fato que chamou vem chamando a atenção do deputado Luís César, conforme afirmou à coluna o deputado, foi a de enquanto o governador dizia ser contrário ao Impeachment da presidente, a bancada do PSDB e partidos aliados na Câmara Federal vinha defendendo a aprovação do afastamento.
Bueno informou ter promovido uma reunião com dirigentes da Secretaria Geral da Presidência, ministro Ricardo Berzoíne, na quinta-feira em Goiânia, para discutir a “postura dúbia do governador”. Ao final, segundo ele, todas essas questões foram colocadas num relatório, que já foi encaminhado ao ministro Berzoíne. “Estamos de olho em toda a movimentação do governador Marconi Perillo, em Goiás, em relação à presidente Dilma”, apontou.