O país precisa voltar a crescer
Publicado 21/08/2019
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou dados preocupantes, o percentual de famílias endividadas no país ficou em 63,4% em maio. A parcela de famílias endividadas é superior à registrada em abril (62,7%). Essa é a quinta alta consecutiva do indicador nesse tipo de comparação.
O Estado brasileiro deveria pensar em políticas de facilitação de crédito para as pessoas conseguirem negociar e pagar suas dívidas. O Estado não consegue criar nenhuma política pública de aumento de emprego, que seria um elemento crucial para diminuir o endividamento, nem de reparcelamento das dívidas, porque isso envolveria enfrentar o sistema financeiro brasileiro, ou seja, os bancos.
Nos treze anos com Lula e Dilma no poder, foram criados mais de 20 milhões de empregos. Iniciativas como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Minha Casa Minha Vida, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a redução temporária do IPI também foram essenciais para o Brasil, que passou ileso pela crise de 2008.
Toda vez que o desemprego no Brasil está baixo, o índice de endividamento também acompanha a baixa. E sempre que o desemprego aumenta, o número de endividamento das famílias também aumenta. É uma consequência inevitável. As famílias estão desesperadas sem saber do dia de amanhã.
A possibilidade de saldar as dívidas têm impacto social relevante na medida em que leva à superação de problemas de saúde, à recuperação de relações pessoais desgastadas e possibilidade de reinserção no mundo do trabalho.