Não escondo a defesa de Lula

Publicado 12/09/2018

Luis César Bueno (PT) afirma que a população reconhece “injustiça” contra ex-presidente e querer parte dos votos do petista, concentrando discurso em reformas, sobretudo, a tributária.

Apostando no alto número de indecisos e com um discurso pautado na “renovação da política”, Luis César Bueno (PT) pretende colar sua imagem à do ex-presidente Lula, a fim de atrair para si as intenções de voto do petista que, apesar de preso, liderou as pesquisas em Goiás até o fim do mês passado, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnou sua candidatura.

Na visão do candidato, o quinto a participar da sabatina do POPULAR com os postulantes ao Senado, o fato de Lula estar preso, acusado de corrupção passiva, não atrapalha sua candidatura. “Pelo contrário. Lula é nosso principal cabo eleitoral. Não escondo a defesa do presidente Lula.”

Para o petista goiano, a população reconhece o que chama de “injustiça” cometida contra o ex-presidente. “Tanto que todas as pesquisas dizem que ele ganharia a eleição. Eu quero uma parte desses votos. Se eu conseguir colar a minha imagem à dele, e mostrar à população que eu serei o senador de Lula, eu com certeza chego entre os dois que ocuparão as vagas de Goiás no Senado”, garante.

Ele diz ainda esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) “homologue a candidatura do presidente Lula.” “Feito isso, teremos condições de continuar nas ruas defendendo nosso projeto. Essa é uma eleição de discussão de propostas.” Segundo ele, a demora na decisão de quem será o candidato petista à presidência da República não altera o cronograma de campanha dos demais candidatos.

TRIBUTOS

O candidato, que deixa a disputa por um quinto mandato na Assembleia Legislativa de Goiás para tentar o Senado, tem concentrado seu discurso na questão tributária. “O Brasil é o País dos impostos. Nós temos 88 tipos de tributos e o que é grave é que a tributação toda é centrada em cima dos trabalhadores, do setor produtivo. Precisamos de um País com uma legislação tributária simplificada”, afirma.

Nesse sentido, o petista defende “uma reforma tributária baseada em três modalidades”. Para ele, a União deve tributar a renda, a importação e a exportação; o Estado, o consumo e a produção; e os municípios, a propriedade e o setor de serviço. “Isso dentro da redistribuição do pacto federativo para que tenhamos mais recursos para desenvolver políticas públicas para aumentar a capacidade de investimento em qualidade de vida.”

Defensor da reformulação do pacto federativo, ele relata que ela só sairá do papel, porém, depois de realizada a reforma tributária. “Só podemos reformular o pacto federativo, se houver compromisso com a arrecadação. Para isso, precisamos de uma reforma tributária. É necessário reduzir a sonegação e de uma legislação que simplifique o sistema.”

Previdência

Luis César diz ainda ser contra a reforma da Previdência, destacando que não acredita no discurso de déficit previdenciário. “Se eleito, vou desarquivar a CPI feita no Senado cuja conclusão é de que a Previdência é superavitária. Estão equivocados em dizer que existe déficit”, diz o petista.

Para ele, “essa conversa (de déficit) é para não revelar o rombo que os grandes grupos econômicos fizeram usando o dinheiro da Previdência.” “Precisamos garantir os direitos históricos assegurados à população ao longo dos anos”, afirma.

Fonte: O Popular

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