Governo Lula autoriza obras da Ferrovia Norte-Sul de Ouro Verde a Uruaçu
Publicado 19/06/2008
O deputado Luis Cesar Bueno usou o pequeno expediente na Assembléia Legislativa para falar dos importantes investimentos que o presidente Lula tem feito em Goiás. Nesta quarta-feira (18), o Governo Federal, por meio da Valec – Engenharia, Construções e Ferrovia, autorizou as obras da Ferrovia Norte-Sul no trecho que entre Ouro Verde e Uruaçu.
Luis Cesar Bueno lembrou que a obra é fundamental para o desenvolvimento do estado. "As notícias nos indicam a prioridade do Governo Lula com ações que promovam o incremento dos negócios e promovam a qualidade de vida da população. Como disse Franklin Martins, ‘ o presidente governa para 200 milhões de brasileiros e também para Goiás".
Veja matéria publicada no Jornal O Popular nesta quarta-feira, 18/06/2008:

Construção entre Anápolis e Ouro Verde já está em andamento. novas ordens de serviço foram assinadas
Lúcia Monteiro
Depois de várias interrupções e retomadas nas obras, a construção dos quase 500 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul que cortam Goiás entre o Porto Seco de Anápolis e a divisa com o Tocantins deve ser acelerada. As obras no trecho entre os municípios de Anápolis e Ouro Verde de Goiás foram retomadas recentemente e, ontem o presidente da Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias, José Francisco das Neves, assinou as ordens de serviço para início das obras para os trechos entre Ouro Verde e Uruaçu.
As ordens de serviço foram assinadas em solenidades realizadas em Jaraguá, Rianápolis, Jardim Paulista e São Luís do Norte, num evento que recebeu o nome de "Caravana do Progresso". Elas prevêem a liberação de R$ 20 milhões para iniciar as obras em cada um dos trechos.
O restante dos recursos será liberado de acordo com o cronograma de execução. As ordens de serviço para os trechos seguintes, que vão até a divisa de Goiás com o Tocantins, serão assinadas na segunda etapa do evento, que ocorre na próxima sexta-feira (20 de junho). Os trechos entre Uruaçu e a divisa com o Tocantins ainda aguardam licença de instalação concedida pelo Ibama.
Ao todo, o trecho goiano custará cerca de R$ 1,4 bilhão. O presidente da Valec informa que conta, atualmente, com R$ 1,3 bilhão em caixa, sendo R$ 300 milhões do Orçamento da União e o restante provenientes da sub-concessão do trecho da Norte-Sul entre Açailândia (MA) e Palmas (TO) para a exploração pela Vale do Rio Doce pelo período de 30 anos por R$ 1,47 bilhão.
A sub-concessão do trecho restante de Palmas à Panorama (SP), incluindo Goiás, também será oferecida pelo lance mínimo de R$ 2,5 bilhões, garantindo os recursos necessários para a término das obras.
Com isso, o presidente da Valec prevê que a conclusão do trecho goiano até Anápolis ocorra até o fim de 2009 ou início de 2010. "Essa foi uma forma competente que o governo encontrou para concluir obras que estavam paradas com a participação da iniciativa privada", diz.
Na próxima semana, José Francisco das Neves, o Juquinha, participará de um workshop em Atlanta (EUA), promovido pelo Ministério das Relações Exteriores, para apresentar o projeto, que reduzirá de 30% a 40% o custo do frete em relação ao transporte rodoviário.
Hoje, a Norte-Sul tem 1,2 mil quilômetros em obras, de acordo com o presidente da Valec. Já estão concluídos os trechos no Maranhão e até Araguaína (TO).
Histórico
A ferrovia, lançada há 21 anos pelo então presidente José Sarney e prevista para ter 2 mil quilômetros inicialmente, hoje já tem mais de 3 mil quilômetros previstos. A expectativa é que os trilhos cheguem do Tocantins até Goiás também em 2010.
"A obra foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e não devem faltar mais recursos, como ordenou a ministra Dilma Rousseff", acredita Juquinha. Segundo ele, a meta é inaugurar a obra até maio de 2010.
Até o fim deste ano, serão 7,5 mil homens trabalhando somente nas obras do trecho goiano. Um grupo de trabalho da Secretaria de Planejamento elabora um plano de desenvolvimento para as regiões de influência da ferrovia, com a atração de investimentos e qualificação profissional.
O governador Alcides Rodrigues lembrou que a obra levará desenvolvimento para as regiões cortadas pela ferrovia, beneficiando empresas exportadoras e importadoras que poderão utilizar o Porto de Itaqui (MA). "O importante é que os recursos já estão assegurados para a conclusão da obra o mais rápido possível."