Governo do estado pede ‘cheque em branco’ à assembleia legislativa para fazer concessões

Publicado 14/12/2017

 

Em discussão durante o Pequeno Expediente, desta quinta-feira, o deputado estadual Luis Cesar Bueno subiu à tribuna e utilizou seus cinco minutos para criticar o projeto de lei nº 3868/17, que concede por 35 anos, sete trechos de rodovias estaduais à iniciativa privada. Segundo o deputado há contradições relacionadas ao projeto de lei do Governo que privatiza rodovias estaduais de Goiás.

“Estou ouvindo deputados falarem para ficarmos tranquilos, podem votar no projeto, pois não haverá pedágios na região metropolitana de Goiânia, mas quem disse que não terá de fato?”, indagou o deputado. “O presidente da Agetop garantiu que não haverá pedagio?”. Ótimo, então que mande para cá a autorização para o líder do Governo inserir na lei, ratificando que não serão cobradas as taxas oriundas dos pedágios nas entradas mencionadas.

De acordo com Luis Cesar, o projeto da governadoria não consta os locais onde seriam instaladas as praças de pedágio. Mas, segundo o deputado, estudo da Fundação Getúlio Vargas diz que serão instalados em Senador Canedo, antes da cidade, no entroncamento na GO-415, outro pedágio de Senador Canedo a Caldazinha e Bela Vista; entre a GO-136 e Santa Cruz de Goiás; entre Urutaí e Ipameri; entre Ipameri e Catalão; entre Trindade e Santa Bárbara; entre Nazário e Turvânia dentre outros.

Luis Cesar disse que a palavra do presidente da Agetop precisa ser documentada e aproveitou para fazer um comparativo entre Goiás e o Estado do Rio Grande do Sul. “Em Rio Grande do Sul tem uma lei com 68 artigos, um capítulo sobre a tarifagem e outro sobre as contrapartidas, enquanto nosso projeto só autoriza e não tem especificações consistentes. É como se fosse um cheque em branco para fazer o que quiser. O projeto da maneira que está sendo apresentado é uma injustiça ao povo goiano”, afirma.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação

+ Notícias