DISCURSO PROFERIDO PELO NOBRE DEPUTADO LUIS CESAR BUENO, NA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 18 DE MAIO DE 2004, NO MOMENTO DESTINADO AO PEQUENO EXPEDIENTE

Publicado 18/05/2004

Senhor Presidente; Senhores Deputados e Senhoras Deputadas. Nós ocupamos esta tribuna muito preocupados com a questão da segurança pública no Estado de Goiás, especificamente em Goiânia, neste período de exposição agropecuária. Recentemente, nós fizemos uma pesquisa aqui neste Parlamento, inclusive com alguns números apresentados pelo Deputado Fernando Netto, onde constatou-se que 15% dos Parlamentares desta Casa já foram vítimas de assaltos, assaltos à mão armada, levando inclusive as suas camionetas. A Deputada Rachel me corrige dizendo que 25% dos Parlamentares desta Casa já foram vítimas de assalto, assaltos a mão armada, levando, inclusive, as suas caminhonetes. Se os ilustres Parlamentares foram vítimas diretas do crime, imaginem o pobre cidadão comum, que mora nos bairros da cidade, é um dado bastante alarmante. Conheço, pessoalmente, o Secretário Jônathas Silva, sei da sua seriedade, da sua preocupação com as causas públicas desde quando ele era Secretário da Educação, na Prefeitura de Goiânia, com quem pude conviver como Vereador. Mas sei também o grande processo de estrangulamento que encontra o aparato policial, especificamente o aparato investigatório. Goiânia não suporta mais viver com esse alto índice de criminalidade, é comum andar nos setores Jardim América, Setor Bueno, Marista, Jardim Goiás, para não dizer em quase todos os bairros de Goiânia e perceber o alarmante número de residências colocadas à venda, e o fator principal é a falta de segurança pública. E é alarmante, também, quando nós vamos pesquisar o índice de criminalidade, vamos analisar que dentro da Corregedoria da Polícia Civil um quantitativo expressivo de processos mostra a conivência de próprios elementos da polícia com o crime na nossa cidade. Esta semana a imprensa de Goiânia notificou, de 68% dos assaltos, roubos, estupros, seqüestro, assassinatos, extorsão, são cometidos por jovens de que não têm anterioridade criminal. Então, uma massa expressiva da juventude está sendo jogada no mundo do crime, motivados aí pela necessidade de ter suas necessidades pessoais resolvidas, principalmente em relação ao modismo que é colocado pela “Rede Globo” de televisão, impressiona a ausência do papel do Estado no combate à violência. O Estado, neste momento, tem que ter uma preocupação de enfrentar o crime de frente, e às vezes percebemos uma promoção pessoal muito grande do condutor do Estado e a ausência de uma preocupação em combater de frente a questão da segurança pública. Ora, todas as pesquisas de opinião pública que circulam em Goiânia, desde o início do ano, mostram a questão da segurança como principal ponto. Portanto, Senhor Presidente, encaminhamos um requerimento para que os Senhores Deputados tomem conhecimento dos números da violência. Queremos saber mês a mês qual é o quantitativo de roubos, estupros, assaltos, seqüestros, assassinatos, extorsões, violências contra a mulher, abuso sexual de crianças e adolescentes. Essa Casa precisa fazer uma frente Parlamentar para combater à violência e garantir segurança à população. É o mínimo que podemos fazer.

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