DISCURSO PROFERIDO PELO NOBRE DEPUTADO LUIS CESAR BUENO, NA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 14 DE JUNHO DE 2005, NO MOMENTO DESTINADO AO PEQUENO EXPEDIENTE

Publicado 14/06/2005

Senhor Presidente; Senhores Deputados; Senhoras Deputadas. Ocupamos a tribuna, neste momento, para fazer, como Parlamentar do Partido dos Trabalhadores, uma breve análise sobre a crise política que o País vive hoje, que é inegável e que necessita, por parte da Bancada do Partido dos Trabalhadores, alguns esclarecimentos. O primeiro aspecto, Senhor Presidente, é relacionado à luta do Governo Lula de combater a corrupção neste País. O Governo do Presidente Lula, através das ações da Polícia Federal, desencadeou, em 2003, as Operações Águia, Planador, Nicotina II, Anaconda, Trânsito Livre, Gafanhoto, Cavalo de Tróia, Lince e Sucuri. Essas operações no combate à corrupção desenvolvidas pelo Governo Federal foram responsáveis pela prisão, em 2003, de duzentas e vinte e três pessoas, sendo noventa e sete servidores públicos que estavam envolvidos com a corrupção e trinta e nove policias federais. No ano de 2004, as operações do Governo Federal em parceria com a Corregedoria Geral da União e Polícia Federal desenvolveram as seguintes operações: Feliz Ano Velho, Zequeu, Fraude Zero, Soro, Pandora, Matusalém, Mamoré, Barrilha, Pindorama, Vampiro, Rosa dos Ventos, Shogun, Tamar, Lince II, Unaí, Orcrim Esa, Zumbi, Albatroz, Farol da Colina, Cavalo de Tróia 2, Pardal, Mucuripe, Chacal, Pororoca, Capela, Poeira no Asfalto, Cataratas, Midas, Catuaba, Faraó, Águia II, Veneno, Mascates, Perceu, Sentinela, Castelo, Faroeste, Mar Azul e Cavalo de Aço, e a última operação, Saia Justa, que levou para a cadeia setecentos e três pessoas, sendo, em 2004, cento e trinta e quatro servidores públicos e nove policias federais. Portanto, o Governo Federal tem desenvolvido uma ação dura de combate à corrupção. Agora, não podemos aceitar que manchem a imagem do Partido dos Trabalhadores e do Governo Federal, querendo levar o Partido dos Trabalhadores para um lado que ele nunca teve, que foi, justamente o processo de corrupção. O Governo Lula já manifestou várias vezes que operará, desencadeará tantas CPIs quantas forem necessárias. E esse processo está em curso. O sinônimo de crise pode desenvolver dois processos de conseqüências: o primeiro processo, o de desestabilização; e o segundo processo – como dizem os chineses – é o processo de maturidade, é o processo de florescimento de algo novo, de passar a limpo e caminhar para frente. Portanto, entendemos que o Governo do Presidente Lula possui, hoje, todas as condições políticas para fazer uma reforma eleitoral e política neste País, para desenvolver uma operação rígida, mais rigorosa ainda de combate à corrupção, conforme está sendo desenvolvido nesses últimos anos. Agora, não podemos aceitar a inconseqüência e a irresponsabilidade. O ex-Deputado Roberto Jéfferson acaba de afirmar agora, na CPI do Congresso, que não possui provas, a não ser as suas próprias palavras. O ex-Deputado Roberto Jéfferson acaba de afirmar agora, no Congresso Nacional, que além de não possuir provas, o Governo Lula não está envolvido em corrupção e jogou a lama toda para o Congresso. Portanto, cabe ao Congresso, agora, apurar qual é o Deputado ou Deputada que está vendendo voto. Cabe ao Congresso agora levar para a população uma imagem de seriedade e apurar qualquer indício de corrupção. Agora, não podemos aceitar que denúncias irresponsáveis de apenas um Parlamentar, sem qualquer tipo de prova, venha manchar a imagem da Nação, do povo brasileiro, do Governo sério do Presidente Lula e, fundamentalmente, de um Partido ético, que tem 25 anos de luta contra a corrupção, que é o Partido dos Trabalhadores. Portanto, quero crer que a partir dessa irresponsabilidade demonstrada agora pelo Deputado Roberto Jéfferson, no plenário da CPI, ações venham ser desenvolvidas, principalmente em Goiás, que foi o cenário dessa página ruim na história do Brasil.

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