CEF lança financiamento habitacional para classe média; sem TR e com desconto em folha.

Publicado 13/11/2006

O deputado Luis Cesar Bueno enviou requerimento ao presidente da república Luis Inácio Lula da Silva, cumprimentando pelo desenvolvimento da política habitacional do governo que após desenvolver vários programas para atendimento as famílias carentes inicia uma linha de crédito para o financiamento de moradias para classe média. A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou uma linha de financiamento habitacional voltada para a classe média, com juros pré-fixados de 11,9% a 14,5% ao ano sem a cobrança da TR (Taxa Referencial). Os recursos podem ser utilizados na compra de imóveis novos, usados ou na planta. O mutuário que optar pelo débito das prestações em folha de pagamento ou em conta corrente pagará juros mais baixos. Além disso, com a nova modalidade de financiamento, o montante a ser pago pelo crédito será fixo, já que não haverá indexador de correção como a TR. Nesses últimos três meses do ano, o banco tem à disposição cerca de R$ 1 bilhão em recursos a serem destinados à nova linha de financiamento. As taxas variam de 11,9% ao ano, no caso de imóveis no valor de até R$ 130 mil, a 13,5% ao ano para imóveis acima de R$ 350 mil. Estes percentuais valem para quem fizer pagamento das prestações por meio de débito em conta corrente ou desconto em folha de pagamento. Para quem optar pelo pagamento por carnê, as taxas são mais altas (de 12,9% a 14,5% ao ano). O prazo de pagamento é de até 180 meses e o financiamento é limitado a 80% do valor do imóvel. Segundo a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, o financiamento com prestações fixas amplia o leque de opções para quem busca adquirir a casa própria. “O principal benefício é a oportunidade de escolha: você tanto pode escolher a taxa de juros pré-fixada como a pós-fixada”, afirmou ela, segundo divulgou a Agência Brasil (órgão oficial de divulgação do governo federal). Neste ano até o início de outubro, a CEF já emprestou R$ 11,1 bilhões em habitação. A estimativa é de que o volume de empréstimos habitacionais chegue a R$ 14 bilhões em 2006. Até agora as operações para financiamento imobiliário eram realizadas somente por meio de contratos em que as prestações eram reajustadas utilizando a TR, índice que corrige os depósitos de poupança, mais juros de 6% a 12% dependendo da renda do interessado e o valor do imóvel. Essas operações em que as taxas são pós-fixadas continuam existindo para os mutuários que preferirem. A possibilidade de instituições financeiras que fazem parte do Sistema Brasileira de Poupança e Empréstimo (SBPE) oferecerem crédito habitacional sem a vinculação com a TR e estabelecendo previamente os juros foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega no início de setembro, junto com outras sete medidas para facilitar a compra e a construção da casa própria.

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