Bancada do PT é a favor do pedido do STJ para processar Governador de Goiás
Publicado 10/08/2007
A Bancada do PT na Assembléia Legislativa é favorável ao pedido de licença feito pelo Superior Tribunal de Justiça para instaurar processo-crime contra o Governador Alcides Rodrigues. O pedido de licença foi rejeitado na reunião de hoje, dia 9, da Comissão de Constituição e Justiça. “O processo foi incluído de última hora na pauta da CCJ e o relatório aprovado sem que os deputados tivessem conhecimento do seu teor, porque não foi distribuído antes”, reclamou o líder da Bancada do PT, Mauro Rubem. A denúncia foi apresentada pela Coligação Goiás na Frente, composta pelo PT, PSB e PC do B, em função do uso de logomarcas do governo e empresas estaduais no jornal “Tempo Novo”, da campanha de reeleição do governador Alcides Rodrigues. O relatório aprovado hoje, dia 9, na CCJ alega que, ao conceder a licença para o STJ receber a queixa-crime contra o Governador, a Assembléia Legislativa promoveria a “destituição indireta de suas funções” e estaria tirando a autonomia político-institucional do estado. “Isto é um grande absurdo, porque as graves acusações não serão investigadas e o processo será congelado até quando ele tiver este privilégio”, critica o líder da Bancada do PT. O Ministério Público Federal cita matérias referentes a continuidade do subsídio da tarifa do Eixo Anhanguera, Bolsa Universitária, Escola do Futuro e ETE. “Fez publicar matéria sob o título “Alcides incluirá Goianira, Trindade e Senador Canedo na tarifa de R$ 0,45″, onde o então candidato fala de suas pretensões com relação ao transporte coletivo, em especial o Eixo Anhanguera e o valor diferenciado das demais linhas do transporte coletivo da capital”, cita o MPF no documento encaminhado à Assembléia Legislativa. “Justamente em um momento que estamos discutindo a licitação do transporte público e a continuidade do subsídio do Eixo Anhanguera, que a Bolsa Universitária foi reduzida, a escola do presente é um caos e a escola do futuro não foi implementada”, estranha o líder da Bancada do PT, Mauro Rubem. O pedido de licença, apesar de rejeitado pela CCJ, ainda terá que ser apreciado pelo plenário. “E se quer pôde ser discutido, porque a sessão foi esvaziada pelos governistas e inclusive cancelada a extraordinária que aconteceria hoje”, estranharam os deputados petistas, Humberto Aidar, Luis César Bueno e Mauro Rubem, líder da Bancada. Os deputados petistas lembram que o Estado enfrenta um momento de crise financeira, com uma dívida de R$ 12 bilhões 243 milhões e 3 mil, com um déficit mensal de R$ 100 milhões. “Assumido, inclusive, pelo secretário da Fazenda e é mais um motivo a mais para o Governador ser investigado pelo Ministério Público Federal”, dizem os deputados do PT. Rosângela Aguiar – Assessoria de Imprensa da Bancada do PT