Aliança entre PMDB e PT ainda está indefinida

Publicado 02/03/2016

 A direção do PMDB de Goiânia afirma que precisará de pelo menos mais 15 dias para um posicionamento oficial em relação à aliança com o PT e a candidatura do ex-governador Iris Rezende a prefeito. Em contatos com dirigentes do PT, peemedebistas alegaram que Iris está em viagem à fazenda e só deve retornar na semana que vem.

É essa a alegação também dos auxiliares do Paço Municipal ligados ao PMDB para não darem uma posição oficial ao prefeito Paulo Garcia (PT), que havia estabelecido prazo até ontem para uma decisão sobre a continuidade ou não da aliança entre as duas legendas.

O prefeito se reuniu com os oito auxiliares peemedebistas do primeiro escalão no dia 22, quando disse que tinha o desejo de manter a aliança, mas que precisava de um posicionamento rápido do partido para definir tanto a reforma do secretariado com base no novo quadro de alianças como também para que o PT dê continuidade ao processo de definição das candidaturas a prefeito e vereador.

O PMDB resiste ao ultimato do prefeito por dois motivos principais: parte das lideranças tem interesse em manter cargos na gestão e há um temor de que qualquer definição neste período de janela para trocas de partidos possa provocar baixas na sigla, diante de investidas da gestão municipal.

]Embora o prefeito tenha afirmado que o PT definiria o nome do seu pré-candidato na primeira semana deste mês, o afunilamento deve ocorrer mais à frente. O presidente municipal do PT, deputado estadual Luis Cesar Bueno, diz que os cinco nomes que se colocaram na disputa interna mantêm a disposição de concorrer e que haverá busca por consenso até o fim do mês. Pelo calendário oficial do partido, definido em nível nacional, a realização de prévias nas cidades em que há mais de um nome deve ocorrer entre os dias 5 e 15 de abril.

Antes desta definição – apesar da cobrança do prefeito aos auxiliares -, a direção do partido também leva as discussões sobre aliança em banho-maria. Assim, não há ainda previsão sobre uma definição de que peemedebistas deixarão os cargos na Prefeitura e nem qual será o posicionamento do PMDB na Câmara.

Luis Cesar defende que, depois de fechado o pré-candidato do PT à Prefeitura, o Paço deverá exigir a saída do PMDB. “Isso caberá ao prefeito, mas temos confiança de que ele tratará o assunto com prudência e com compromisso com seu partido”, diz.

O presidente do PMDB municipal, deputado Bruno Peixoto, tem ressaltado a preocupação de que, mesmo confirmado o rompimento, os dois partidos mantenham boa relação para uma possível união no segundo turno.

 

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