PT e PMDB publicam carta aberta ao povo goiano
Publicado 09/08/2012
Integrantes do PT e PMDB publicaram nesta quinta-feira,09, no Jornal O POPULAR carta aberta onde citam a crise na Segurança Pública e suspeitas de envolvimento de integrantes do governo e do próprio tucano com o empresário Carlinhos Cachoeira. A carta pede a união da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Goiás e entidades de classe, sindicatos e movimentos sociais para “que o pleno estado de direito seja restabelecido”. “Goiás precisa reagir”, diz o texto.
Presidente interino do PMDB, Wagner Guimarães, afirma que a carta foi pensada há cerca de 15 dias. “Como foi uma construção coletiva, feita em algumas reuniões, demorou um pouco. No entanto, ele não quis revelar mais detalhes sobre o texto.
Conforme o apurado pela reportagem, a carta é resultado de pelo menos três reuniões feitas no diretório do PMDB, com a participação de integrantes das respectivas executivas e as bancadas estadual e federal. O PTN, que é presidido pelo deputado estadual Francisco Gedda, também participou dos encontros mas decidiu não assinar a carta.
O parlamentar afirma que a sigla defende a ideia de que as questões levantadas pelo texto competem à Justiça e ao Ministério Público Federal.
A afirmação de Gedda vai de encontro aos interesses do bloco oposicionista, que pretende continuar com as reuniões. “Essa é apenas a primeira de uma sequência de ações”, diz um peemedebista.
Inicialmente, a oposição pretende difundir a carta, que será entregue a correligionários e difundida nas redes sociais. “Vamos difundir o texto em papel, por vias eletrônicas”, diz o deputado estadual Mauro Rubem (PT).
O petista diz que o ato é consequência de uma “análise do quadro político”. “Ficou claro que a oposição precisava ter uma postura pública, coesa, transparente e objetiva. O governo de Goiás está em suspeição profunda”, afirmou o parlamentar.
As reuniões dos oposicionistas após lideranças nacionais começarem a incentivar a apresentação de pedidos de impeachment na Assembleia Legislativa, onde Marconi tem maioria com folga. Oposicionistas também discutem uma possível intervenção, que depende de aprovação do Congresso Nacional.
Entretanto, eles avaliam que não existe mobilização popular que respalde qualquer um desses atos. O texto publicado hoje seria uma primeira tentativa de mobilização. “Temos provas mais que suficientes para questionar o governador e estamos entrando nessa para obter resultados”, afirma um integrante do bloco.