Macambira Anicuns já é realidade em Goiânia
Publicado 16/09/2009
O deputado Luis Cesar Bueno (PT), participou na manhã desta quarta-feira, 16, do lançamento do Projeto Socioambiental Macambira Anicuns, no Paço Municipal. O projeto, assinado pelo prefeito Iris Rezende e o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, José Luiz Lupo, foi um passo para a concretização do programa que revolucionará o espaço urbano da Capital com liberação de recursos que garantirão a reurbanização das regiões sudoeste, oeste e norte de Goiânia.
A contratação de operação de crédito externo junto ao BID garantirá 60% dos mais de R$ 165 milhões que serão investidos em ações nos campos ambiental, habitacional, de lazer, drenagem e saneamento básico que serão levadas a 114 bairros da cidade. A previsão é de que obras comecem já no primeiro trimestre de 2010.
O montante será pago por meio de 40 parcelas semestrais com prazo de amortização de 20 anos e juros anuais entre 4 e 5%. A maior parte dos recursos será empregada na organização urbano-ambiental. São US$ 39,5 milhões destinados a obras de drenagem e recuperação das margens, ao reassentamento da população, além da construção de um parque linear e de unidades de conservação.
Desenvolvimento
O segundo maior volume, US$ 29,5 milhões, será investido na consolidação da infraestrutura, com investimentos em pavimentação, educação e saúde. ‘A liberação da verba para execução do Macambira Anicuns foi aprovada pelo BID porque o projeto tem todos os elementos fundamentais para fomentar o desenvolvimento. São ações que beneficiarão não apenas as gerações atuais, mas também as futuras’, justifica Lupo.
A proposta passou a integrar o programa operacional da instituição bancária internacional porque, de acordo com o documento conceitual do projeto, de autoria do BID, de 25 de outubro de 2004, as ações previstas estão em conformidade com, no mínimo, dois objetivos do banco no Brasil: ‘apoiar os esforços para se reduzir as desigualdades sociais e a pobreza e atender os problemas de manejo ambiental e recursos naturais, com ênfase na proteção dos ecossistemas vulneráveis.’ Concretizado o empréstimo, que teve orçamento aprovado pelo senado em 18 de dezembro do ano passado, a Prefeitura de Goiânia parte para preparação dos editais para elaboração do projeto e, posteriormente, para a execução das obras. O primeiro edital deve ser lançado dentro de 60 dias.
Cinco anos
As obras, que contribuirão para que Goiânia se consolide como detentora do melhor índice de qualidade de vida (IQV) do País – condição reconhecida em 2008, segundo pesquisa da Brasil Américas em parceria com o sistema Fibra, Jornal do Brasil e Associação Nacional dos Municípios Produtores -, deve ser executada em cinco anos. A estimativa é que o programa gere dois mil empregos diretos. As intervenções estrategicamente pensadas com o propósito de minimizar os problemas ambientais gerados pela ocupação desordenada do espaço urbano da cidade, beneficiarão de forma direta 300 mil habitantes da Capital. Serão 3,3 milhões de metros quadros de área residencial e 3,7 milhões de metros quadrados de área comercial diretamente favorecidos. A previsão é de valorização imobiliária mínima para os 114 bairros é de 2%. ‘Executar este programa significa construir uma nova cidade’, afirma o secretário municipal de planejamento, Luiz Alberto de Oliveira.
Além de melhorar a qualidade de vida dos moradores e de fomentar o desenvolvimento sustentável, o Macambira Anicuns deve guinar o turismo na Capital. Isso porque Goiânia terá o maior parque linear do mundo com 26,5 quilômetros de extensão (2.620.000 metros quadrados), 46 espaços comunitários – entre quadras poliesportivas, praças, pista de cooper, laboratórios, orquidário, borboletário, aquário, lagos, auditório, teatros, centros culturais, ciclovia -, além de 42 pontes de pedestres para travessia dos córregos. Os equipamentos serão instalados ao longo da mata ciliar e ocuparão, no mínimo, 60 metros de largura e, no máximo, de 200 metros.
De acordo com o coordenador geral do programa, engenheiro Wesley Moraes Garcia, a região que abrange o Córrego Macambira e o Ribeirão Anicuns terá duas unidades de conservação temáticas com 1.150.000 metros quadrados, nas nascentes do Macambira e Morro do Mendanha. Também ocorrerá reabilitação de 13 pontes, construção de escolas em tempo integral, Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), postos de saúde e equipamentos sociais. Ao longo do leito dos dois cursos de água haverá ainda a reabilitação das calhas e a recomposição das margens. ‘São intervenções muito importantes porque as as bacias do Macambira e do Anicuns drenam 75% de Goiânia’, argumenta.
Mutirão cívico
O Macambira Anicuns começou a ser pensado em 2004, ainda na gestão do então prefeito Pedro Wilson (PT) que esteve entre as autoridades presentes na solenidade no Paço Municipal. O prefeito Iris Rezende justificou o prosseguimento que deu ao projeto porque o Macambira Anicuns formará novos polos de desenvolvimento em Goiânia.
‘O projeto é resultado de um verdadeiro um mutirão cívico formado com o propósito de pensar exclusivamente no futuro desta cidade’, afirma o chefe do executivo. ‘O Macambira Anicuns é um projeto de todos nós, da Grande Goiânia’, continua o agora deputado federal, Pedro Wilson. As principais metas do programa são a organizações urbano-ambiental, a consolidações da Infra-estrutura de 114 bairros e o fomento à sustentabilidade social e ambiental.
