Sindicalistas fundam a Confederação Sindical Internacional – (CSI).
Publicado 12/11/2006
A maior central sindical da história nasceu neste dia 1° de novembro, em Viena, na Áustria, quando mais de 300 organizações sindicais se uniram com o objetivo de superar as divisões do passado e enfrentar os desafios da globalização. Assim foi fundada a Confederação Sindical Internacional (CSI), com a participação de quase 1.700 delegados, comprometidos com a globalização da luta pelos direitos dos trabalhadores em todo o planeta, em uma resposta à globalização do capital. No Brasil, a CSI conseguiu reunir as três maiores centrais sindicais do País. CUT, Força Sindical e CGT ocuparam três das 18 vagas destinadas à América Latina. “Com plena consciência da transcendência histórica deste dia, declaramos fundada a CSI com 306 centrais sindicais nacionais de 154 países que representam 168 milhões de trabalhadores”, disse Leroy Trotman, presidente do Grupo de Trabalhadores da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nessas circunstâncias, nasceu a maior central sindical do mundo e da história, no primeiro dia de seu congresso constituinte, após a aprovação da declaração de princípios e dos estatutos. Na CSI, cuja sede será Bruxelas, se fundem as antigas Confederações Internacionais de Organizações Sindicais Livres (CIOSL) e a Confederação Mundial do Trabalho (CMT). O cumprimento do programa de “trabalho decente” da OIT e dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas são duas das prioridades da nova confederação, que em seus estatutos “se compromete a assegurar um desenvolvimento econômico e social completo e igualitário para trabalhadores e trabalhadoras no mundo todo”. O congresso despertou, além disso, fortes expectativas entre os sindicalistas da América Latina, que compareceram em grande número ao fórum a fim de fortalecer sua luta contra os problemas graves que afetam os trabalhadores do continente. A equatoriana Mariana Guambo Moreno, vice-presidente da Confederação Equatoriana de Organizações Sindicais Livres (CEOSL), expressou sua esperança de que a central internacional fortaleça a luta pela “reforma do código trabalhista” em seu país. A luta contra a discriminação da mulher, a defesa dos direitos sindicais e o combate ao trabalho infantil são as três tarefas que a CSI pretende abordar imediatamente.